terça-feira, 4 de outubro de 2011

E quando me libertei...

Eis que estava eu assim... meio que inerte, meio que anestesiada, sem acreditar que conseguira me libertar...


Sim,  me libertei! Depois de tanto tempo vivendo uma situação, disfarçada por uma relação que me consumia as energias,  e por vezes a alegria também.
E nesse ponto, me desvio pra fazer um questionamento a mim, e a você que porventura esteja lendo estas confusas linhas:
 Porque nos acostumamos com o que não nos faz bem? Sim... nos acostumamos.
 Pessoas, lugares... situações que nos dão uma sensação falsa de total felicidade, e nesse ponto, friso que as pessoas são especialistas nisso. 
Sim, somos,  pois estamos ali, fazemos de tudo para cativar alguém, ser amado, fazer falta pra certa pessoa, nos mostramos os melhores que podemos ser... Daí o tempo  passa,  - e é claro, ninguém é perfeito - e  os defeitos "aparecem",  ou na verdade sempre estiveram lá... E é ai, que nossa "falsa felicidade" mostra as caras, e percebemos que esperamos demais, queremos demais...talvez sonhemos demais. Daí me lembro de uma frase que ouvi em algum lugar:  "Não espere dos outros aquilo que você ainda não pode oferecer, ou seja:  PERFEIÇÃO.
Ai nesse ponto, quando nossos ideais de perfeição se perdem, "nos tocamos"  que o outro é tão humano quanto nós, e  pode sim nos machucar.
 E nesse papo todo, onde entra a história da LIBERTAÇÃO?...
É fato que quando você está completamente envolvida por uma situação, - e nesse caso leia-se PESSOA - ela já te mostrou coisas que você gosta, e já fez  você gostar dela,  daí  os defeitos fatalmente, vão "se mostrar pra você" e daí talvez, e só talvez eles sejam um pouco demais pra que você conviva com eles,

Mas mesmo assim,   chega uma hora em que  torna-se cômodo  (apesar de tudo) continuar em sua "zona de conforto" , e mais, junte-se a isso o fato de você se importar muito com o sofrimento,  que uma libertação desse relacionamento causaria  no outro (sim porque ele tem defeitos, mas inegavelmente também gosta de você).

Resumindo, tá ruim, mas dá pra suportar, e apesar de tudo ele(a) é uma boa pessoa, e não quero vê-lo (la) sofrer... 
Mas ai, deveria ser o momento de você se perguntar e EU??? E a minha infelicidade a cada briga, desentendimento  situações de desconfiança, e de desconforto causadas pela junção de defeitos de duas pessoas???
Foi ai que depois de  anos, de confusão emocional, ligadas a um relacionamento de seis anos (eu sei...) eu me fiz esta pergunta, e mais , eu me perguntei, será que tá bom mesmo? Será que eu não to merecendo coisa melhor, e digo "coisa melhor"  não como quem procura "alguém melhor", digo isso como quem diz, se não tá bom, que problema tem em ficar de boa, e quem sabe sozinha encontrar felicidade? É, acho que tava fugindo desse encontro comigo mesma, e me refugiando em alguém... talvez.

Foi ai, depois de mais um de intermináveis conflitos com  o outro - que estavam sendo até mais constantes que os momentos felizes-  que eu me libertei...  Foi aos poucos, foi difícil.... Doeu e ainda dói...  
Mas é preciso sair do que é suportável,   pra encontrar o inimaginável.
 Pra sentir aquilo que você talvez não sentisse á tempos, porque uma"cortina" de comodismo, medo e sentimentalismo destrutivo, não te deixaram ver...

Ai talvez vocês podem estar pensando:  Agora ela está se descobrindo, e curtindo uma "vibe"  de estou feliz e estou sozinha... E vai ficar assim por um bom tempo.
 Bom isso não deixa de ser verdade, de fato eu estou me descobrindo uma "menina" mais forte do que pensei, e de fato estou curtindo uma "vibe de" estou feliz. Mas de FATO meu coração não quis ficar só... E isso é história pra um outro Post, qualquer dia desses ai... 

By.  PaTySOuSa

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