terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ela gosta dessas coisas

Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.  Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça...ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário...por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.



Caio Fernando de Abreu

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Relacionamentos


Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
'Ah, terminei o namoro...'
'Nossa,quanto tempo?'
'Cinco anos...Mas não deu certo...acabou'
'É não deu...'
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se amamam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa. Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo, nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém,
pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate...se joga...senão bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos,
mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama!
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você. E vice versa.
Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão.
Nascemos sós.
Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói! Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar... Ou se apaixonar... Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?
  
Arnaldo Jabor

Entre o uísque e o energético


Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".
No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas que quer que alguém seja seu.
Beijar na boca é bom? Claro que é!
Manter-se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim.
Mas por que reclamam depois?
Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação".
Agir como tribalista tem consequências, boas e ruins, como tudo na vida.
Não dá infelizmente para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém.Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram. Ficar, também é coisa do passado.
A palavra de ordem hoje é "namorix".
A pessoa pode ter um, dois e até três “namorix” ao mesmo tempo.
Dificilmente está apaixonada por seus “namorix”, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.
Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada.
Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando.
Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança?
A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais.
Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas.
Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar.
Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão.
O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio a confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram ( pais e mães dos adeptos do tribalismo), vendem na maioria das vezes a idéia de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinônimo de frustrações futuras.
Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição.
No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram.
Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal junto até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam. A questão não é causal, mas quem sabe correlacional.
Podemos aprender amar se relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados.
Somos livres para optarmos.
Ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...
É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade.
É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer.
É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.
Ser de todo mundo e não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também...
É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.
De: Mônica Montone

sábado, 19 de novembro de 2011

100% Nostalgia




"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"

Caio Fernando de Abreu 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pra florescer é preciso chuva,,,

Tarde estranha...

Sinto como se algo me oprimisse o peito, deixasse ele pesado e de tal forma que quando eu respiro sinto que o habitante deste peito (meu coração) deseja "respirar" sem sucesso... continuo tentando, e buscando explicação lógica (como eu sempre faço) para o que estaria acontecendo... 

Mas antes vamos "começar do começo" :

Me permiti novamente... Lembram-se? Em algum post passado, falei desta tão inevitável libertação. E então agora já havia vivido a parte da libertação que dói, mas que é necessária e inevitável, e  eu já havia percebido que por mais que tentasse comandar os acontecimentos futuros (bobagem , eu sei) eu não estava e nunca fui de fato dona do FUTURO. 

 Queria me curtir, curtir a fossa, o que viria depois dela, a fase de sair, de se divertir sem culpas, talvez chorar as vezes, à noite e sozinha, sair de novo... encontar os amigos, pedir mais uma dose.
Tudo friamente cauculado na minha mente... Mas...(e sempre tem um mas), as peças não se encaixaram como eu queria ou gostaria de ter previsto...  Afinal tô falando da VIDA galera... Essa "menina travessa", que às vezes ri bem na nossa cara e diz  "Rá!".

Meus olhos brilharam, e minhas mão ficaram suadas... 
Eu recebi um carinho, e depois um beijo e outro, e outro... que me fizeram esquecer qualquer plano de: "Quero ficar só... nasci sozinha porra!" - eu sempre repitia isso na minha mente, tentando afastar qualquer sentimento. Mas de fato não adiantou muito.

Era tão bom, saber que meu coração não era "terra seca" onde nada nasceria novamente... É, ele não é.
Talvez fosse uma "terra" mal cuidada, e abandonada... mas totalmente  seca e morta, não.

Enquantos esses sentimentos cresciam dentro de mim, de maneira assustadora, lembrei do  que eu havia dito: - Que  definitivamente iria viver, e que não iria mais PROCURAR PELO AMOR...Ele que me encontrasse se quisesse (esse bandido), e eis que ele me encontrou.
Tive medo, chorei e quis fugir... a dor do que havia acontecido antes ainda estava muito presente na minha memória, e as lembranças eram muitas... Mas acho que o danado do amor se sentiu desafiado com a minha recusa em amar. E "sácomé" coração desafiado é TENSO.

E assim, meio que as os poucos ele foi me vencendo, e a "terra mal cuidada  e abandonada" quis florescer... e "voalá" está acontecendo novamente.
Vida habita no meu peito, de um coração que me surpreende a cada dia.

Então encontro a resposta que queria, para o que estava acontecendo nesse peito ... E o motivo pela qual a minha tarde parece tão estranha e vazia.

Pois se o meu coração é como terra que quer florescer novamente, esse amor é como chuva, que acalma, e alegra a "terra seca".... Mas a minha "chuva" está tão distante agora.... Talvez "o vento das circustâncias" tenha levado ela de mim. Mas chuva é nuvem... e nuvem sempre volta.

O "coração de terra seca" tá assim reclamando, e pedindo por sua "chuva de amor", que agora tá longe... por isso ele se sente assim oprimido, apertado... por isso respirar é tão dificil...


Só posso pedir calma á ele... e que a minha chuva volte logo pra fazer ser primavera no meu coração o mais rápido possível.




Por: PatySousa

CHEIA DE SAUDADES ...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Diferença entre amor e sexo

Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre com tesão. Amor e sexo, são como a palavra farmakon em grego: remédio ou veneno – depende da quantidade ingerida.
O sexo vem antes. O amor vem depois. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente.
No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento. No sexo, o pensamento atrapalha.
O amor sonha com uma grande redenção. O sexo sonha com proibições; não há fantasias permitidas. O amor é o desejo de atingir a plenitude. Sexo é a vontade de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade – nunca é totalmente satisfatório.
O sexo pode ser, dependendo da posição adotada. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece.
Existe amor com sexo, claro, mas nunca gozam juntos.
O amor é mais narcisista, mesmo entrega, na ‘doação’. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo do egoísmo. Amor é um texto.
Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do ‘outro’. O sexo, mesmo solitário, precisa de uma ‘mãozinha’. Certos amores nem precisam de parceiro florescem até na maior solidão e na saudade. Sexo, não – é mais realista.
Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora. O amor vem de nós. O sexo vem dos outros. ‘O sexo é uma selva de epilépticos’ (N. Rodrigues). O amor inventou a alma, a moral. O sexo inventou a moral também, mas do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge.
O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões
O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: ‘Faça amor, não faça a guerra’. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas.
O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica.
O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as ‘saunas relax for men.. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provençais do século XII e, depois, relançado pelo cinema americano da moral cristã.
Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção; sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controlá-lo é programá-lo, como faz a indústria da sacanagem. O mercado programa nossas fantasias.
Não há ‘saunas relax’ para o amor, onde o sujeito entre e se apaixone. No entanto, em todo bordel, finge-se um ‘amorzinho’ para iniciar. O amor virou um estímulo para o sexo.
O problema do amor é que dura muito, já o sexo dura pouco. Amor busca uma certa ‘grandeza’. O sexo é mais embaixo. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O perigo do amor é virar amizade. Com camisinha, há ‘sexo seguro’ mas não há camisinha para o amor.
O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é a lei. Sexo é a transgressão. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados.
Amor precisa do medo, do desassossego. Sexo precisa da novidade, da surpresa
O grande amor só se sente na perda. O grande sexo sente-se na tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda – ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta”.


via http://www.tatianegoes.blogger.com.br/2004_03_01_archive.html

Estou cansada...

    
...Cansada das pessoas me magoarem e simplesmente dizerem “sinto muito”, “desculpa”. Essas palavras não curam um coração partido!

... De buscar um amor perfeito, embora saiba que esse amor, de fato, nunca vai existir. Cansada de não poder dizer o que guardo dentro de mim, por que sei que não serei compreendida.

... De descobrir que mesmo olhando nos olhos, as pessoas não são sinceras e que por trás de um belo sorriso pode haver muita maldade, frieza e mentiras.

... De confiar, de acreditar, de ser ingênua e achar que tudo o que me dizem é verdade. De esperar que as pessoas, assim como eu, não dizem o que não sentem.

... De querer o que não posso ter, de amar pela metade, de não poder me apaixonar de verdade, estou cansada de sentimentos vazios e promessas falsas.

... De querer quem não me merece. De esperar de mais das pessoas e me decepcionar. De chorar por quem não vai enxugar minhas lágrimas !!! E de esperar por alguém que partiu e não vai mais voltar...